A comunicação e os contextos forenses estão ligados por estreita proximidade e interrelação. Não é possível conceber a ideia de contextos forenses sem a existência de atos comunicativos. Deve entender-se como contextos forenses qualquer situação em que são levantadas questões relacionadas com a lei, englobando todas as etapas de um processo judicial (Granhag e Strömwall, 2004: 3- 4) e incluindo os aspetos relativos à linguagem utilizada neste processo. Trata- se de questões que fazem parte do quotidiano das mais diversas instituições da justiça, da aplicação e do cumprimento da lei – os tribunais, a polícia e os estabelecimentos prisionais1. Estas são instituições que funcionam sob a alçada do Direito mas, ainda assim, todas realidades distintas, com um funcionamento próprio. Por outras palavras e num sentido lato, entenda- se aqui contextos forenses como todas as situações de interação entre a linguagem e o sistema jurídico, judiciário e ético (www.linguisticaforense.pt). Fazem de igual forma parte dos contextos forenses os indivíduos que neles circulam, tais como os juízes, os magistrados do Ministério Público, os advogados, os investigadores criminais e o cidadão comum, cada um desempenhando funções diferentes, com um papel e um destaque igualmente distintos.